Língua Gestual Portuguesa
A iniciativa, sob a forma de projecto de resolução do PCP, tinha por objectivo levar o Governo a contratar intérpretes de Língua Gestual Portuguesa (LGP) para o SNS. O intuito era partilhado, aliás, pela Federação Portuguesa da Associação de Surdos, que, inclusivamente, dinamizou uma petição, também ela levada a debate, onde estavam expressas as preocupações de quem conhece a dificuldade em comunicar com os profissionais de saúde nos hospitais devido à inexistência de intérpretes gestuais.
O problema é de resto extensível aos restantes serviços públicos, dos balcões de finanças à segurança social ou aos tribunais. Daí que a valorização da LGP seja vista pelo PCP como um instrumento da maior importância para a «integração das pessoas surdas, o combate às desigualdades e à exclusão social». Esse foi um dos argumentos aduzidos no debate pela deputada comunista Paula Santos. No entanto, a ele se mostrou insensível a bancada do PS, que chumbou o diploma comunista. O PSD não andou melhor, ao abster-se.