Multilinguismo em risco no Parlamento Europeu

CULTURA Os deputados do PCP no Parlamento Europeu denunciam estar em risco o multilinguismo nas instituições da UE. Com o argumento financeiro, pretende-se que algumas línguas de trabalho sejam «dispensáveis».

Comunistas manifestam preocupação com situação dos tradutores

LUSA


Os deputados do PCP no Parlamento Europeu (PE) lançaram na quinta-feira, 23, uma iniciativa que pretende garantir o respeito pelo princípio do multilinguismo nas instituições da União Europeia (UE), considerando que este se encontra em risco.

No Parlamento Europeu são 24 as línguas de trabalho e, sem tradutores e intérpretes, as instituições da UE não funcionam.

A falta de pessoal na tradução, tradutores e assistentes, leva a um impacto considerável na qualidade dos textos legislativos e outros textos, bem como no bem-estar, físico e psicológico, dos trabalhadores. Desde há muito que se promove a ideia de que algumas línguas de trabalho são dispensáveis, utilizando como argumento a questão financeira e a necessidade de definir prioridades e de aplicar restrições à interpretação e tradução. Desta forma, o multilinguismo fica ameaçado.

Neste contexto, os deputados do PCP promoveram uma carta, aberta à subscrição de todos os deputados do PE, endereçada ao presidente do Parlamento Europeu, à presidente da Comissão Europeia e ao presidente do Conselho Europeu, em que expressam a preocupação pela situação dos tradutores, afirmando a defesa do direito ao trabalho com direitos e o combate à precarização das relações laborais. Esta carta estará, durante os próximos dias, a circular pelos deputados do PE, apelando junto destes à sua subscrição e à solidariedade com a situação dos tradutores.

A deputada comunista Sandra Pereira dirigiu também uma pergunta escrita à Comissão Europeia sobre este mesmo tema.

Solidariedade
com a Venezuela

Os deputados do PCP expressaram solidariedade com a Venezuela e o seu povo, marcando presença num acto simbólico, à porta do PE, no dia 22, protestando contra o facto de as instituições europeias terem recebido formalmente Juan Guaidó, procurando legitimar a farsa da sua auto-proclamação como presidente da República da Venezuela.

Guaidó, uma marioneta a soldo dos EUA, fez uma viagem pela Europa, organizada por Washington, para pedir aos seus «aliados» mais «pressão internacional» sobre o governo constitucional venezuelano, presidido por Nicolás Maduro.



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