União Europeia relança operação naval na Líbia
EMBARGO Fracos resultados, os alcançados em Berlim, na conferência internacional sobre a Líbia – foi reafirmado o cessar-fogo entre os beligerantes e decidido um embargo de armas ao país norte-africano.
Cessar-fogo e embargo de armas decididos na conferência de Berlim
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, na segunda-feira, 20, decidiram reforçar o mandato da operação Sofia para vigiar o cumprimento do embargo de armas à Líbia, decidido na conferência de Berlim, realizada na véspera. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrel, assegurou que «ninguém se opôs a esta decisão» e precisou que «o mandato se centrará na luta contra o tráfego de armas».
A operação naval Sofia foi aprovada em Junho de 2015 pela UE alegadamente com o objectivo de enfrentar as redes de tráfego de migrantes através do Mediterrâneo, mas até agora limitou-se à troca de informações e ao patrulhamento em alto mar para detectar traficantes.
Em Berlim, no domingo, 19, os participantes da conferência internacional sobre a Líbia anunciaram que as duas partes em confronto – o governo com sede em Trípoli, chefiado por Fayed al Serraj e reconhecido pelas Nações Unidas, e as forças do Exército Nacional Líbio, comandado pelo marechal Khalifa Haftar e aliado do parlamento em Tobruk, no Leste do país – acordaram manter o cessar-fogo, que já vigorava há uma semana, e respeitar um embargo de armas, decidido na capital alemã.
Altos representantes de países como a Alemanha, Rússia, China, Turquia, França, Reino Unido, Itália, Estados Unidos, Egipto e Argélia e de organizações como a ONU, União Europeia, União Africana e Liga Árabe concordaram em parar e impedir todos os envios de armamento para a Líbia, suspender as interferências estrangeiras no país norte-africano e dar passos concretos para um cessar-fogo permanente.
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, qualificou a conferência em Berlim de útil e considerou-a «um pequeno passo em frente», apesar de os líderes das facções beligerantes não terem conversado directamente e nem chegado a acordo.