Debate do Orçamento do Estado para 2020

A abstenção do PCP na discussão do OE na generalidade tem fundamentos sólidos.

O PCP não votou contra porque o que foi alcançado não anda para trás, ou seja, o OE consolida no essencial o que foi conquistado nos últimos anos.

O PCP não votou a favor porque é travado o ritmo, a expressão e o alcance de novas medidas de sentido positivo a favor dos interesses dos trabalhadores, do povo e de Portugal. Porque o Governo dá ao excedente o que falta ao País



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Eleva-se já a mais de oito dezenas o número de propostas do PCP com alterações ao OE para 2020. Várias outras serão ainda formalizadas até à próxima segunda-feira, 27, no decurso da apreciação ao OE na especialidade, nas comissões. A discussão do documento em plenário é retomada segunda-feira, 3, prolongando-se até quinta-feira, 6, dia em que ocorrerá a votação final global.

Abertas que foram pela sua intervenção possibilidades de avanço em domínios que tem como essenciais – aumento das pensões, efectivar passos na gratuitidade das creches, pôr fim às taxas moderadoras, reduzir os custos da energia, aumentar as prestações sociais ou reforçar o SNS, por exemplo -, o PCP está fortemente determinado não só em ver concretizadas essas suas propostas orientadas para cumprir tais objectivos, como, inclusivamente, em poder ir mais longe em medidas que satisfaçam necessidades e aspirações dos trabalhadores e do povo e que sirvam os interesses do País.

«Cá estaremos, como sempre, para combater tudo quanto de negativo queira ser imposto ao povo português e para apoiar tudo quanto seja avanço e conquista», foi a garantia deixada dia 10, no final do debate do OE, na generalidade, pelo Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

Esse é o posicionamento e a prática dos deputados comunistas. E, como diz o nosso povo, até ao lavar dos cestos é vindima...