«Black friday»
A «sexta feira negra» foi importada dos USA, do modelo dominante do capitalismo, consumista e também ideológico, como o dia de S. Valentim e outros. A «black friday», segue-se ao «dia de acção de graças» e abre a «época de compras e festividades» ditas «natalícias», de recordes de consumo e crédito, de campanhas de ilusões, compras desnecessárias, descontos e saldos fictícios.
No País vivemos em «black friday». Um período de muitas ilusões e enganos, mistificação e ocultação da realidade e resposta necessária, de publicidade enganosa e falsas soluções.
O seu desígnio essencial é reverter os avanços conseguidos na anterior legislatura e impor todos, mas todos, os elementos e objectivos da política de direita, de concentração e centralização capitalista. É liquidar a luta dos trabalhadores e do povo e o seu partido, o PCP, é capturar a história num patamar da exploração e opressão de classe e impedir a transformação e justiça social.
As campanhas de revisionismo histórico, da «barbárie comunista», da queda do muro de Berlim, do 25 de Novembro, do branqueamento do PSD/CDS, da «inevitabilidade» do Euro e das imposições da UE, das «contas certas» do PS, do copianço das propostas do PCP pelos cucos - são decisivas na estratificação dos preconceitos que tolhem a adesão a uma alternativa patriótica e de esquerda.
A promoção de farsantes e o apoio a projectos proto-fascistas a partir de interesses económico-mediáticos que vão «saindo do armário», são perigosos mas funcionam também como campanha de promoção e cobertura da política de direita.
Esta é verdadeiramente uma «black friday», pela dimensão da aldrabice e pelo conteúdo de classe que transporta. E a resposta é persistir, esclarecer, intervir, lutar e reforçar o PCP.