Repressão na PSA não pode ficar impune
A Direcção da Organização Regional de Viseu do PCP denuncia a inacção do Governo para dar resposta às questões colocadas em Julho pelo grupo parlamentar comunista relativamente à intensificação da exploração na fábrica da PSA/Citröen em Mangualde.
Num comunicado recente, o Partido dá voz ao sindicato do sector, que acusa a administração de ter lançado um «procedimento cirúrgico» contra trabalhadores que aderiram à greve à bolsa de horas, em defesa do direito à conciliação do trabalho com a vida pessoal e familiar, contra a desregulação dos horários de trabalho. O objectivo é, garante a estrutura sindical, passar estes trabalhadores para o turno fixo nocturno e proceder a um corte indevido de prémios. A estas acrescem outras ilegalidades, como turnos muito extensos, subcontratação e substituição de trabalhadores em greve.
Se é certo que da intervenção institucional do PCP resultou uma acção da Autoridade para as Condições de Trabalho, que terá notificado a empresa para repor parte do prémio de presença até ao final do ano, «tal não aconteceu até ao momento». O Partido sublinha ainda o facto de a PSA, apesar de produzir «todas as marcas da nova geração de veículos comerciais ligeiros do Grupo PSA (Peugeot, Citröen e Opel), aumentar a exploração dos seus trabalhadores. Acresce a isto o facto de ter beneficiado, ao longo dos anos, de substanciais apoios públicos, traduzidos em dezenas de milhões de euros e amplas isenções fiscais.