Julien Assange continuará na prisão até julgamento do pedido de extradição

O Tribunal de Westminster reiterou que o fundador da Wikileaks, Julian Assange, terá de permanecer preso até Fevereiro próximo, data do julgamento sobre o pedido de extradição para os EUA. O tribunal de Londres efectuou, na segunda-feira, 18, uma sessão, em que Assange participou através de vídeo-conferência, a partir da prisão de Belmarsh, onde se encontra desde a sua detenção, em Abril, na embaixada do Equador na capital britânica.

Assange reúne desde Setembro condições para sair em liberdade condicional, após cumprir metade da sentença de 50 semanas de cárcere aplicada por violar a liberdade sob fiança, em 2012, quando, em lugar de responder a acusações por alegados delitos na Suécia, pediu asilo na representação diplomática equatoriana.

A juíza Vanessa Baraitser augumenta que o seu «historial de fuga» impede que o detido possa esperar em liberdade que a justiça britânica decida em finais de Fevereiro sobre o pedido de extradição apresentado pelos EUA, onde querem julgá-lo por divulgar no portal Wikileaks milhares de documentos secretos da diplomacia e dos militares norte-americanos.

As 18 acusações apresentadas até ao momento por Washington contra o ciber-activista apontam para uma sentença total de 170 anos de prisão.

Segundo denúncias que circulam nas redes sociais, a partir de um artigo publicado pelo diário digital sul-africano Daily Maverick, a magistrada chefe do Tribunal de Westminster, Emma Arbuthnot, e o seu marido, James Arbuthnot, membro da Câmara dos Lordes, têm vínculos com empresas militares e de ciber-segurança britânicas expostas pela Wikileaks.




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