Anteontem, aos 77 anos, morreu José Mário Branco, músico, autor, poeta e um dos nomes mais importantes da música portuguesa dos últimos 50 anos. O seu trabalho estende-se ao cinema e ao teatro.

Foi fundador do Grupo de Acção Cultural, fez parte da companhia de teatro «A Comuna», fundou o Teatro do Mundo, a União Portuguesa de Artistas e Variedades e colaborou na produção musical para outros artistas, nomeadamente Camané, Amélia Muge, Samuel e Nathalie.

Em 2018, José Mário Branco cumpriu meio século de carreira, tendo editado um duplo álbum com inéditos e raridades, gravados entre 1967 e 1999. A edição sucede à reedição, no ano anterior, de sete álbuns de originais e um ao vivo, de um período que vai de 1971 e 2004.

O Partido Ecologista «Os Verdes» destacou José Mário Branco como um «homem comprometido com a construção de um mundo melhor» e a CGTP-IN considerou-o como «uma das figuras maiores» da cultura portuguesa que «deu voz ao sofrimento, à injustiça e à exploração dos trabalhadores».