Organizações partidárias analisam situação e traçam orientações para intervir e avançar

REFLEXÃO As organizações partidárias estão a analisar a intensa actividade realizada nos últimos meses e os resultados das eleições legislativas e a traçar orientações para reforçar o Partido e dinamizar a luta.

Milhares de membros do Partido estão envolvidos nas reuniões e plenários

A decisão do Comité Central, que apontou para a necessidade da «realização de reuniões e plenários de militantes aos diversos níveis da estrutura partidária, promovendo a análise da situação actual e programando o seu trabalho e intervenção», está a ser cumprida. Em todo o País, das organizações de freguesia e células de empresa às direcções das organizações regionais, está a ser feito o debate profundo, aberto e franco que caracteriza os comunistas e o seu Partido, envolvendo milhares de militantes.

A Direcção da Organização Regional de Lisboa (DORL), reunida no dia 16, começa por salientar que os quatro deputados da CDU eleitos pelo distrito garantem uma «importante base de intervenção institucional que, como sempre, será colocada ao serviço dos trabalhadores e das populações». Se a perda de um deputado «acrescenta dificuldades», ela não impedirá, como nunca impediu, a «intervenção determinada, qualificada e consequente que marca a acção do PCP e da CDU».

Quanto à campanha realizada, a DORL valoriza o contacto directo com os trabalhadores e as populações, as milhares de iniciativas realizadas e a intervenção em mais de 420 empresas dos mais variados sectores. O apoio manifestado à CDU de 723 sindicalistas do distrito merece, também, destaque. A DORL garante ainda que o PCP se baterá no imediato pelos 30 compromissos assumidos durante a campanha eleitoral.

Em Setúbal, a Direcção da Organização Regional do Partido (DORS), que esteve reunida logo no dia 9, sublinhou a «corajosa e dedicada participação na campanha eleitoral, que venceu obstáculos, silenciamentos e preconceitos», por parte dos militantes do PCP, do PEV e da ID. Quanto aos resultados, que na região se saldaram em mais de 62 mil votos na CDU e três mandatos (menos um do que em 2015), enfraquecem as «perspectivas de defesa, conquista e avanços de direitos e rendimentos». Porém, ressalva, os eleitos pela CDU serão «fiéis aos compromissos» e prosseguirão «com determinação e independência política» a intervenção e a luta.

Também na Península de Setúbal, o PCP e as forças que compõem a CDU «não só conhecem os problemas da região e do País como apresentaram um compromisso eleitoral e têm soluções para os enfrentar e superar».

Com os trabalhadores e o povo

Também a Direcção da Organização Regional do Algarve do PCP (DORAL) esteve reunida e analisou o resultado alcançado pela CDU na região: os mais de 12 mil votos alcançados (7,05 por cento) não foram suficientes, por escassas centenas, para eleger o deputado, o que representa, acima de tudo, «uma perda para os trabalhadores, os democratas e as populações algarvias». Contudo, destaca, o resultado foi «construído a pulso» numa «intensa e diversificada campanha eleitoral de massas que se desenvolveu ao longo de meses em toda a região».

Apesar da perda do deputado, o PCP continuará a sua acção em defesa do Algarve, do seu desenvolvimento e das suas populações, garante a DORAL. Até porque, acrescenta, a região não pode continuar sujeita à «incerteza dos fluxos turísticos, à chantagem das grandes companhias aéreas, ao estoiro das grandes agências de viagens, à predação da riqueza produzida por parte das grandes multinacionais».

Na Região Autónoma dos Açores, a direcção regional do Partido (DORAA) sublinhou que, também naquele círculo eleitoral, a CDU perdeu votos e viu reduzida a sua expressão eleitoral. Porém, e «como sempre, nem o aumento nem a diminuição de votos obtidos enfraquecem ou alteram os compromissos assumidos com os trabalhadores e com o povo», da mesma maneira que «não faltará com a sua disponibilidade, iniciativa, determinação e independência política para fazer com que a região e a vida dos açorianos andem para a frente».

Na Emigração, a CDU mais que duplicou o número de votos – passando de 1025 há quatro anos para mais de 3200 a 6 de Outubro – muito embora tenha diminuído a sua percentagem. Para a Direcção da Organização da Emigração, o aspecto mais significativo é a «elevadíssima» abstenção registada. O número de votantes, esse, aumentou. A descida do PSD (de três para dois deputados) e a consequente subida do PS (de um para dois eleitos) não é por si suficiente para garantir a alteração das políticas para a emigração, sustentam os comunistas.

O PCP destaca também, no comunicado, a necessidade de motivar a participação política dos eleitores no estrangeiro, ao mesmo tempo que apela a que seja reconsiderado o modelo de votação postal, dadas as «diversas ocorrências» registadas.




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