A Associação dos Agricultores e Pastores do Norte (APT) contesta a diminuição ou o fim do consumo de carne de ruminantes em Portugal para atingir a «neutralidade carbónica» da economia. Em alternativa, a APT defende o «substancial aumento da produção pecuária e seus derivados, em particular, o aumento do efectivo das raças autóctones».

«A solução capaz de responder às profundas assimetrias regionais, aos problemas demográficos existentes, à fixação de pessoas no interior do País passa pelo aumento da produção de ruminantes e pelo incremento e apoio aos diversos sistemas agro-florestais existentes e não à sua diminuição ou proibição», refere a associação, prevendo que «os problemas irão persistir ou agravar-se enquanto se mantiverem os modelos de produção intensivos e super-intensivos, as actuais políticas agrícolas comuns, as políticas “ditas” de livre comércio e as leis da Organização Mundial do Comércio do agro-negócio».