Tribuna pública em defesa da ADSE
A mobilização em defesa da ADSE como subsistema público e solidário mobilizou, dia 18, dezenas de pessoas para uma tribuna pública, no Rossio, em Lisboa. A iniciativa partiu da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública e foi justificada com a necessidade de fazer frente aos que procuram por todos os meios atacar este subsistema encarregado da protecção social dos funcionários públicos e outros trabalhadores do Estado.
«A ADSE está, neste momento, a ser atacada e apetecida por muita gente», denunciou a coordenadora da Frente Comum, Ana Avoila.
«Atacada, por um lado, pelos grupos privados que tudo têm feito para não resolver problemas como coisas que estão por pagar», explicou a dirigente sindical, detalhando, por outro lado, que é «apetecível por grupos e partidos que pretendem abrir a ADSE e criar um serviço de saúde ao lado do SNS».
O sindicalista Francisco Braz, actual membro do Conselho Geral de Supervisão da ADSE, destacou, por seu lado, que «desde o início que a ADSE é património dos trabalhadores e assim deve permanecer». Lembrou também que a ADSE é financiada em exclusivo pelas contribuições dos trabalhadores e aposentados, que descontam todos os meses 3,5% do seu salário ou pensão para terem acesso a este sistema de saúde.
A falta de trabalhadores, com os consequentes atrasos nos pagamentos dos reembolsos aos beneficiários, é, entretanto, um dos problemas da ADSE, segundo a coordenadora da Frente Comum, que tem identificada a falta de 70 profissionais naquele organismos. Carência a que ainda demorará a ser suprida, alertou a sindicalista, dado que foi aberto um concurso geral (concorreram 30 mil pessoas) «em vez de ser um concurso dirigido», pelo que «nem daqui a dois anos» a situação estará resolvida.