Trabalhadores «chumbados» devem ser integrados na RTP
LUTA O Secretário-geral da CGTP-IN esteve anteontem com os trabalhadores da RTP que protestaram pela sua não integração nos quadros da empresa pública.
É inadmissível que isto se passe numa empresa pública
Na concentração realizada por alguns dos 46 trabalhadores com vínculos precários que, no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública (PREVPAP), a Comissão de Avaliação Bipartida (CAB) entendeu não passar a efectivos (27 dos quais laboram no Porto e 14 afectos a Lisboa), realizada frente aos estúdios da emissora pública em Vila Nova de Gaia, Arménio Carlos considerou «inadmissível que isto se passe numa empresa pública».
Criticou ainda o Governo afirmando que este «não pode deixar de ter uma intervenção imediata junto do Conselho de Administração [da RTP]».
Para o Secretário-geral da Intersindical Nacional, em causa está a resolução de uma ilegalidade e a concretização de um acto de «justeza que se deve aos trabalhadores» que «prestam um serviço permanente à RTP».
«Não se justifica o que se passou na CAB, em que os representantes dos ministérios do Trabalho e das Finanças votam contra a integração no quadro da RTP e o Ministério da Cultura, que é a tutela, a reconhecer que os trabalhadores fazem falta à RTP. Para a CGTP só pode haver uma solução: a integração destes trabalhadores no quadro de efectivos», insistiu Arménio Carlos, segundo noticiou a Lusa.
O dirigente da CGTP-IN criticou igualmente a UGT, cujo representante terá votado contra a integração dos trabalhadores precários ao lado dos ministérios das Finanças e Trabalho, sublinhando que «é caso para perguntar se [aquela central sindical] existe para defender trabalhadores ou para impedir que estes trabalhadores tenham estabilidade de vida e segurança no emprego.