Missões médicas cubanas na mira dos Estados Unidos
IMORAL Cuba denunciou acções norte-americanas contra as missões médicas cubanas no exterior. O presidente Díaz-Canel disse que os EUA não têm autoridade, nem moral, e recorrem à mentira e à calúnia.
EUA não têm moral e recorrem à mentira e à calúnia
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, denunciou no sábado, 10, que os EUA, com o pretexto da suposta violação de direitos humanos, oferece três milhões de dólares para perseguir as missões médicas cubanas no exterior.
O jornal cubano Granma publicou um artigo, partilhado pelo presidente na rede social Twitter, em que qualificou de «caçada» as medidas da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sua sigla em inglês) contra as missões médicas de Cuba no exterior e também contra os serviços de saúde do país caribenho.
A agência norte-americana afirma que a informação recolhida com acções pagas por aquela verba será utilizada para pressionar Cuba, país sobre o qual Washington mantém um férreo bloqueio económico há mais de meio século, uma medida coerciva rejeitada maioritariamente pelas Nações Unidas desde 1992.
A Usaid pediu na semana passada a organizações com experiência em Cuba que possam desenvolver ferramentas para investigar e analisar informação relacionada com supostas violações dos direitos humanos, incluindo o «trabalho forçado» de pessoal médico da ilha «exportado» para o estrangeiro.
Perante isto, o presidente Díaz-Canel escreveu que os EUA «não têm autoridade, nem moral, e recorrem sistematicamente à mentira e à calúnia».
Segundo dados oficiais, durante os últimos 55 anos, mais de 400 mil trabalhadores cubanos cumpriram 600 mil missões em 164 países.