Extrema-direita provoca queda de coligação em Itália

Com a apresentação no Senado italiano, na sexta-feira, 9, de uma moção de desconfiança ao primeiro-ministro, Giuseppe Conte, o partido Liga, de extrema-direita, chefiado por Matteo Salvini, quer acabar com o governo de coligação e realizar eleições antecipadas.

O anúncio do líder ultradireitista apanhou desprevenido o seu até agora parceiro Luigi Di Maio, dirigente do Movimento 5 Estrelas (M5S). «Já não há maioria governamental. Demos a palavra aos eleitores», afirmou Salvini.

Contudo, não se sabe qual será a reacção do chefe do Estado, Sergio Mattarella, o único com poder para dissolver o parlamento, após consultar os presidentes das duas câmaras e os principais dirigentes políticos, antes de convocar eleições.

Tanto Conte como Di Maio discordaram da apresentação da moção e acusaram Salvini de querer tirar partido das boas sondagens, em detrimento do bem-estar dos italianos.

O primeiro-ministro considerou que Salvini deverá explicar aos eleitores «as razões que o levaram a interromper brutalmente» a coligação.

Os confrontos e desacordos com o seu aliado governamental, cada vez mais frequentes e fortes, serviram de pretexto a Salvini para pedir eleições antecipadas. As últimas sondagens dão-lhe entre 36 e 38 por cento de apoio dos eleitores.

Salvini exige uma rápida ida às urnas – na segunda quinzena de Outubro – mas a imprensa italiana escreve que o presidente Matarella opõe-se a eleições no Outono, quando o governo deve preparar o orçamento de 2020, negociá-lo com a União Europeia e submetê-lo ao parlamento.






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