Não há fundo no buraco deixado pelo BES/GES

BANCA «Os portugueses continuam a pagar os custos de uma política ao serviço dos interesses monopolistas», constata o PCP a propósito dos resultados semestrais do Novo Banco.

A nacionalização tinha servido melhor os portugueses

Com os 400 milhões de euros de prejuízo apresentado no dia 2 de Agosto pelo Novo Banco, referentes às contas do primeiro semestre de 2019, o montante entregue pelo Estado ao Novo Banco (NB) desde a Resolução do BES, em Agosto de 2014, já totaliza mais de sete mil milhões de euros, calcula o Partido, que adverte, além do mais, que «como já vem sendo habitual, no próprio dia da apresentação das contas, a administração do NB veio de imediato anunciar mais um pedido de 540 milhões de euros ao Fundo de Resolução, leia-se ao Estado português»:

A Lone Star, fundo norte-americano que ficou com o NB, «usa mais uma vez a garantia pública de 3,9 mil milhões de euros que o actual Governo lhe concedeu, num processo de venda do Banco ruinoso para o País», lamenta ainda o PCP, que recorda que «este novo pedido de injecção de mais 540 milhões de euros por parte do Estado no Novo Banco, acontece no preciso momento em que este se prepara para despedir mais 400 trabalhadores, como se depreende do pedido feito ao Governo de alargamento da quota de trabalhadores despedidos a quem podem atribuir subsídio de desemprego».

O PCP sempre teve razão

Ou seja, acrescenta o Partido, «o Estado paga para limpar os activos problemáticos, paga o despedimento de trabalhadores, e a Lone Star cria as condições para vir a vender o NB e retirar dessa venda um lucro significativo, como faz habitualmente».

«A venda do Banco pelo actual Governo, alinhado com as imposições da Comissão Europeia, determinou não só a perda de um importante instrumento de política económica e financeira e a sua integral devolução à mesma gestão que o fez colapsar: a gestão privada», afirma ainda o PCP, que concluiu que a entrega do NB «demonstra, por si só, que a privatização foi uma má opção com custos que podem ultrapassar os 10.000 milhões de euros, e que a solução que melhor teria servido os interesses do País e dos portugueses, como o PCP defendeu e continua a defender, era a nacionalização do banco».




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