Faz falta contratar trabalhadores no Alfeite
O grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República, através dos deputados eleitos por Setúbal, Francisco Lopes, Paula Santos e Bruno Dias, confrontou o Governo com a não concretização da contratação de trabalhadores para o Arsenal do Alfeite e a manutenção do congelamento das carreiras.
As perguntas são oportunas sabendo-se que «há mais de dois anos que está pendente no Ministério das Finanças a autorização para a contratação de 42 trabalhadores para o Arsenal do Alfeite, número que hoje já está desactualizado».
Aliás, detalha a Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP, «desde a transformação do Arsenal do Alfeite em sociedade anónima, quase há dez anos, a 1 de Setembro de 2009, ano em que saíram metade dos trabalhadores do Estaleiro, que a evolução tem sido sempre negativa».
«Numa década, o estaleiro perdeu 219 trabalhadores, estando prevista para este ano a passagem de mais um número muito significativo de trabalhadores para a aposentação», ao que se junta a «elevada média etária dos trabalhadores do estaleiro (segundo dados de Dezembro de 2017, 401 trabalhadores entre os 40 e os 64 anos de idade)», acrescenta a DORS, para quem «a contratação dos trabalhadores em falta para o Arsenal do Alfeite é fundamental para assegurar a capacidade produtiva e ao mesmo tempo afirmar a soberania nacional».
«Aguarda também autorização do Ministério das Finanças o descongelamento das progressões de 35 trabalhadores do Arsenal do Alfeite. Já existem trabalhadores para progredir em 2019 e as de 2018 ainda não foram concretizadas», denuncia ainda a DORS, que acusa o Governo de, «em nome da propaganda das contas públicas, dos excedentes orçamentais, do garrote da dívida», continuar a «impedir medidas urgentes com consequências na operacionalidade de estruturas fundamentais para a soberania e a defesa nacional».