O presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou a decisão de suspender todos os acordos estabelecidos com Israel. A medida surge após uma reunião da Autoridade Nacional Palestina (ANP), a 25 de Julho, em Ramallah, convocada devido à demolição pelos israelitas de habitações de civis palestinianos em Jerusalém Leste.

Segundo a agência palestiniana de notícias WAFA, Abbas indicou que a ANP «deterá tudo relacionado com os acordos assinados com a parte israelita e começará a estabelecer mecanismos» para implementar a decisão, adoptada «perante a insistência da autoridade de ocupação em negar todos os acordos».

Abbas criticou a demolição de prédios de habitação por Israel, qualificando-a de «violação do direito internacional e dos acordos assinados» e assegurou que se trata de uma medida que só se pode qualificar de «limpeza étnica e crime contra a humanidade».

O dirigente afirmou que Israel «decidiu rejeitar todas as suas obrigações no quadro dos acordos assinados» e continua a «matar e prender cidadãos palestinos, a demolir os seus lares, a confiscar as suas terras, a fechar estradas com centenas de postos de controlo, a construir muros que minam o território e a contiguidade dos territórios palestinos e a impor uma política de separação racista, o apartheid». Abbas asseverou que «não haverá paz, nem segurança, nem estabilidade» na região e no mundo até que os direitos dos palestinianos sejam plenamente respeitados.

Os ocupantes israelitas demoliram uma dezena de edifícios na vizinhança de Wadi Hummus, zona que faz parte do bairro de Sur Baher, em Jerusalém Leste, e que está sob o controlo da ANP.