Conhecer a realidade para afinar propostas

O Secretário-geral do PCP participou nos últimos dias em visitas e encontros com diversas entidades. Para além da visita às oficinas da EMEF em Santa Apolónia (ver texto nesta página), recebeu na sede nacional do Partido delegações do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos e do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos e visitou as instalações do Teatro Camões, onde se reuniu com profissionais da Companhia Nacional de Bailado.

Em declarações aos jornalistas após o encontro com o MUSP, realizado no dia 8, Jerónimo de Sousa desmontou teses recentemente difundidas que davam conta da consagração constitucional de um «sistema nacional de saúde» envolvendo os sectores público, privado e social. Não, garantiu, o que há é um Serviço Nacional de Saúde geral, universal e tendencialmente gratuito. O dirigente comunista inseriu a difusão desta aparente nuance linguística na ofensiva actual contra o SNS, em que «existem esforços tremendos por parte de grandes grupos económicos para o SNS ser transformado numa mera área de negócio». Actualmente, lembrou, «já cerca de 40% do orçamento da saúde vai para os privados».

Entretanto, no dia 2, no encontro com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, o PCP reconheceu o papel destas instituições na coesão nacional e comprometeu-se a prosseguir com a apresentação de propostas visando a sua valorização. Em declarações à imprensa, Jerónimo de Sousa garantiu que no programa eleitoral do Partido constarão propostas visando o reforço financeiro e o reconhecimento do papel e importância dos institutos superiores politécnicos.

Dois dias depois, o Secretário-geral do Partido insurgiu-se contra a «falta de resposta a problemas sociais, laborais e salariais» dos profissionais da Companhia Nacional de Bailado. Jerónimo de Sousa manifestou-se também chocado pela degradação que marca as instalações do Teatro Camões: há baldes a apanhar água que cai do tecto, aqui e ali coberto de plástico, e falta ar condicionado. Recentemente, caiu a pala, o que levou a que a porta da frente do teatro, situado no Parque das Nações, esteja interdita. A proposta do PCP de consagrar um por cento do Orçamento do Estado à cultura permitiria resolver muitos destes problemas e «acabar com as desculpas da falta de verbas».



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