NATO abre as portas à Macedónia do Norte
CERCO A NATO continua a reforçar a sua presença junto das fronteiras da Rússia, integrando mais países europeus. Prepara-se agora para admitir, até ao final de 2019, a Macedónia do Norte.
O Secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou em Skopje, na segunda-feira, 3, que a Macedónia do Norte tem instituições com credibilidade e por isso espera o seu ingresso naquele pacto militar.
No final de uma visita oficial de dois dias à capital norte-macedónica, Stoltenberg elogiou as reformas realizadas no país balcânico, sobretudo na esfera da segurança e defesa, as quais o acreditam a juntar-se à «família» da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Não poupou nas palavras, realçando que as autoridades de Skopje mostraram «liderança, coragem política e visão» na solução das diferenças com os vizinhos, garantindo assim um lugar reservado na NATO. «Esperamos – acrescentou – que os 29 países membros ratifiquem o protocolo de ingresso (14 já o fizeram) para que a Macedónia do Norte seja o membro número 30».
Stoltenberg garantiu que já se sentem os alegados benefícios deste processo, pois desde a rubrica do documento de admissão, em Fevereiro, aumentaram de forma considerável os investimentos estrangeiros no país.
Após uma cerimónia oficial de acolhimento, semelhante à dispensada a chefes de Estado, Stoltenberg e o primeiro-ministro Zoran Zaev encabeçaram a reunião do Conselho Norte-Atlântico, integrado pelos embaixadores dos 29 estados membros, com o Comité para a Integração da Macedónia do Norte na NATO.
Os participantes nesta reunião foram recebidos pelo presidente da República, Stevo Pendarovsky, que assumiu o cargo em Maio, e pelo presidente do parlamento, Talat Xhaferi.
O processo de adesão de Skopje à NATO deverá estar concluído no Outono, de modo a que na cimeira da organização, em Londres, em Dezembro próximo, a Macedónia do Norte seja admitida formalmente como o 30.º Estado membro.
A NATO, na sua estratégia de cerco à Rússia, tem ampliado a sua presença em países da Europa do Leste e dos Balcãs resultantes da desagregação da Jugoslávia, incorporando no pacto militar, por exemplo, a Bulgária, Roménia e Eslovénia em 2004, a Croácia e Albânia em 2009, e Montenegro em 2017.