Seis dezenas de partidos comunistas, entre os quais o Partido Comunista Português, e outros partidos de trabalhadores subscreveram uma declaração manifestando solidariedade com a luta do povo sudanês pela paz, democracia, direitos humanos e justiça social.

Os partidos afirmam a sua «solidariedade internacionalista com a luta do povo sudanês representado pelas Forças para a Liberdade e Mudança, incluindo o Partido Comunista Sudanês (PCS)».

Lembram que, desde finais de 2018, a luta do povo trabalhador do Sudão intensificou-se contra a repressão sobre «as forças políticas que ousam desafiar o regime ditatorial que tem estado no poder desde 1989». Milhões de pessoas de todo o Sudão juntaram-se à luta pacífica por uma transição para a democracia. Ao longo de quase quatro meses, o povo veio para as ruas reclamar o fim efectivo da ditadura e uma mudança real.

Registam a tentativa das forças militares de tomar o poder político através da deposição de Omar al-Bashir em 11 de Abril e da formação de um Conselho Militar de Transição (MTC). O MTC declarou de início o estado de emergência por três meses e afirmou que só faria a transferência do poder para as forças democráticas civis daqui a dois anos. O povo e as forças democráticas rejeitaram estas iniciativas dos militares, que «foram parte integrante do regime ditatorial e carecem de qualquer legitimidade». As Forças para a Liberdade e Mudança apelaram à intensificação das acções unitárias de massas para derrotar todas conspirações urdidas pelos EUA e seus aliados reaccionários na região que têm por objectivo «frustrar a luta por um governo secular, independente e democrático».

Os partidos signatários da declaração «apoiam as massas do povo trabalhador sudanês» em protesto nas ruas com os seus slogans “Liberdade, Paz e Revolução são a escolha do povo”.»