«O Carteiro de Pablo Neruda» voltou aos cinemas, e em boa hora, porque há «filmes que não envelhecem, que ganham ainda vida após nova revisão, que vão fazer parte de nós para sempre», como bem escreve João Antunes no JN. Como sabemos, a película trata da amizade do carteiro Mário, moço de poucas letras e filho de pescador, que entrega a correspondência ao poeta chileno, quando este se encontra exilado na ilha italiana de Capri. O empregado dos correios, desajeitado nesta complexa coisa de amores, está apaixonado por Beatrice, uma belíssima italiana, mas não acha maneira de manifestar-lhe os seus sentimentos. Pablo Neruda vai dar-lhe uma mão nessa difícil empresa, ao mesmo tempo que a compreensão de como cada um vê as coisas da vida e a amizade entre ambos se vai cimentando.