Jô escreveu a Bolsonaro
O conhecido humorista brasileiro Jô Soares escreveu uma carta a Bolsonaro, que a Folha de S. Paulo deu à estampa como artigo de opinião. O presidente, entre muitas outras bacoradas, afirmou há tempos que o nazismo era de esquerda, pelo que o humorista lhe pede para não confundir expressões como «non pasarán». Jô Soares dá uma mão-cheia de conselhos a Bolsonaro, para que este evite futuros equívocos: «Quando chegar a um prédio e o levarem para o elevador social, entre sem receio. Isso não fará do senhor um trotskista fanático»; «A expressão non pasarán, utilizada por Dolores Ibárruri Gómez, conhecida como La Passionaria, não era uma convocação feminista para que as mulheres deixassem de passar as roupas dos seus maridos»; «Social ‘climber’ não se refere a um alpinista de esquerda»; «Rosa Luxemburgo não era assim chamada porque só vendia rosas vermelhas»; «Picasso não usou o Partido para divulgar os seus gigantescos atributos físicos»; «Quanto à palavra social, ela conta até no seu partido».