Candidatos da CDU com o povo e o País
APRESENTAÇÃO Gente que não vira a cara à luta por um Portugal livre, desenvolvido e soberano numa Europa dos trabalhadores e dos povos. Foi, em síntese, como qualificou João Ferreira a lista de CDU ao Parlamento Europeu, apresentada sexta-feira, 15.
Os candidatos protagonizam um projecto para um Portugal com futuro
Na iniciativa realizada numa unidade hoteleira de Lisboa, a Mandatária Nacional da candidatura, Ana Margarida de Carvalho, foi a primeira a tecer elogios acerca da composição da lista e do projecto que protagonizam.
Referência por parte da jornalista e escritora de 50 anos – a qual, como mais adiante haveria de sublinhar João Ferreira, «com o seu notável percurso profissional e literário, prestigia a candidatura» associando-lhe a convicção de que, «nos livros como na nossa luta, as melhores páginas ainda estão por escrever» –, mereceram também os músicos Tiago Santos, que apresentou a sessão, e Jorge Rivotti. Bem como todos os que antes das intervenções políticas se deixaram contagiar pela música deste, uma vez que, transformada em festa aquela «sala cheia, a transbordar de alegria, de esperança, de entusiasmo», confirmou-se que na CDU «a alegria tem um grande potencial de luta e é um grande acto resistência», disse Ana Margarida de Carvalho.
Manifestando-se honrada pelo papel que lhe cabe, Ana Margarida de Carvalho destacou depois o facto de se tratar de uma lista com «gente de várias proveniências e profissões, tão nova e preparada, que alia a renovação e a experiência». Homens e mulheres que se candidatam com «coragem» e «altruismo» porque «os nossos candidatos não vão para o PE para enriquecer, tirar proveitos pessoais nem para aparecerem depois em conselhos de administração de empresas».
Estes são os únicos 29 candidatos que se podem afirmar «a voz dos portugueses». «Uma voz incómoda, que não se amedronta, não se verga a interesses, negociatas, esquemas e trafulhices; uma voz de confiança, que nunca se cala e fala bem alto a certeza do valor e das convicções da CDU», sublinhou ainda Ana Margarida Carvalho, que deixando alertas para os tempos sombrios e as campanhas negras que fazem perigar a democracia, e lembrando todos os lugares, momentos e batalhas centrais onde os eleitos da CDU não faltaram, concluiu que se é certo que «estão e estarão sempre lá», é justo que o povo português reconheça que precisa que «lá estejam [no PE] com mais força e representação».
Levar a luta ao voto
Intervindo no encerramento da sessão, o cabeça-de-lista ao PE pela coligação que junta comunistas, ecologistas e outros democratas sem filiação partidária, também não poupou enaltecimentos à lista de «mulheres e homens comprometidos com as causas do progresso e da justiça social, da liberdade e da democracia, da soberania e da independência nacionais, da defesa da natureza, da cultura, da paz e da cooperação», os quais «dão garantia de ligação à vida, à realidade do País, de Norte a Sul, do Interior ao Litoral, das regiões autónomas dos Açores e da Madeira às comunidades emigrantes. Gente que conhece o país, que conhece os seus problemas e dificuldades, que conhece como ninguém as suas potencialidades» e que «protagoniza um projecto para um Portugal com futuro».
Uma lista, prosseguiu João Ferreira, onde encontramos «o mundo do trabalho, onde se dão os mais decisivos combates do nosso tempo; a agricultura e o mundo rural, as pescas, a indústria; a realidade das micro e pequenas empresas»; em que figuram «construtores e defensores dos serviços públicos, da saúde, da educação, da cultura e da ciência», que ostentam «uma ligação profunda aos elementos estruturantes da comunidade que somos» e «uma vontade de transformar o País» contribuindo para «dar corpo à luta por uma outra Europa».
Nesse sentido, mas igualmente porque a CDU representa «um compromisso firmado sobre o terreno firme e confiável de uma intervenção singular», que «deu resposta política quer a novos desafios que surgiram, quer aos problemas que se mantiveram ou agravaram», João Ferreira assegurou que «à demagogia, oporemos a seriedade e a coerência; à desinformação, oporemos a informação e o rigor; à desmobilização, oporemos a mobilização assente no esclarecimento e no debate sobre as razões para o voto na CDU».
Insistindo, desafiou «todos os que reconhecem na CDU o percurso e projecto distintivos», identificam a necessidade de avançar na resolução dos problemas do País, com a acção e a luta dos trabalhadores e do povo, a que «levem esta luta até ao voto».
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