Também neste dia os estudantes vão exigir do Estado obras nas escolas degradadas; a contratação de professores, funcionários e outros técnicos; a redução do número de alunos por turma; a valorização da via profissionalizante; a gratuitidade do passe escolar; o fim da municipalização da Educação; a revogação do estatuto do aluno; o fim dos exames nacionais e um ensino superior para todos.

Num apelo lançado pela Associação de Estudantes da Escola Secundária Camões, de Lisboa, lembra-se que o Dia Nacional do Estudante é uma homenagem à «corajosa luta dos estudantes», particularmente durante a década de 60 do século passado. Este ano comemoram-se também os 45 anos da «Revolução dos Cravos», que puseram «fim a uma ditadura fascista que durante 48 anos condenou milhões à pobreza e à mordaça e, nos seus últimos anos, enviou milhares de jovens portugueses para a guerra».

Valorizando «as conquistas de Abril», no apelo alerta-se para a política de «desinvestimento» e «desresponsabilização» do Estado na Educação, que agravou os problemas que estão à vista de todos. Denunciados foram também os «graves atentados» aos direitos dos estudantes, procurando limitar a sua actividade e intervenção, colocando entraves aos processos eleitorais, à realização de Reuniões Gerais de Alunos ou com a falta de apoios.