União Africana debateu refugiados e deslocados
PRIORIDADES Desenvolver as infra-estruturas e acelerar a implementação da zona de comércio livre em África são prioridades do novo presidente da União Africana, Abdel Fattah al-Sissi.
Criar mais empregos para jovens é um obectivo central da UA
Paul Kagame, do Ruanda, passou o testemunho como presidente em exercício da União Africana (UA) a Abdel Fattah al-Sissi, do Egipto, durante a 32.ª cimeira da organização, que decorreu nos dias 10 e 11, em Adis-Abeba. A África do Sul foi o país escolhido para suceder ao Egipto, em 2020.
No seu primeiro discurso à frente da UA, al-Sissi falou de três «pilares» do seu mandato: o desenvolvimento das infra-estruturas em África; a aceleração da entrada em vigor da zona de comércio livre no continente (ZLEC); e a criação de empregos para a juventude africana. A «luta contra o terrorismo» e a reconstrução das sociedades pós-conflito serão também prioridades.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, ficará à frente da UA no próximo ano, se em Maio vencer as eleições no seu país.
A liderança rotativa da UA será agora constituída por al-Sissi como presidente, Ramaphosa (2.º vice-presidente), Félix Tshisekedi, da República Democrática do Congo (2.º vice-presidente), Mahamadou Issoufou, do Níger (3.º vice-presidente) e Paul Kagame, do Ruanda (4.º vice-presidente e relator).
Além de Tshisekedi, outro presidente recém-eleito, Andry Rajoelina, de Madagáscar, participou nos trabalhos da UA.
Além dos dirigentes dos 55 estados africanos, estiveram na cimeira personalidades como o Secretário-geral da ONU, António Guterres, o Secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abdoul Gheit, o director-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, e o presidente da FIFA, Gianni Infantino.
A cimeira decorreu sob o lema «Ano dos refugiados, repatriados e deslocados internos – Rumo a soluções duradouras para a deslocação forçada em África». Os dirigentes africanos analisaram a actualidade no continente e no mundo e deram atenção especial à reforma da organização, à integração regional e aos conflitos e crises em África – da Líbia ao Sudão e Sudão do Sul, do Mali e Nigéria à Somália, passando pela República Centro Africana.