CDU tem projecto ímpar para o País e para a Europa

AFIRMAÇÃO A apresentação de João Ferreira como primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, realizada em Lisboa no dia 17, constituiu uma vibrante manifestação de confiança na possibilidade de um rumo diferente para Portugal e para a Europa.

Centenas de pessoas participaram na apresentação de João Ferreira

O Espaço Capitólio em Lisboa, com capacidade para 400 pessoas, transbordou faz hoje uma semana, ao final da tarde, para a apresentação de João Ferreira. Muitos mais, esgotada que estava a capacidade da sala, acompanharam com entusiasmo a sessão a partir da rua, apesar do frio que se fazia sentir.

Nas filas da frente encontravam-se dirigentes do PCP, do Partido Ecologista «Os Verdes» e da Associação Intervenção Democrática, deputados, activistas sindicais e associativos, membros das organizações que compõem a CDU ou personalidades independentes que se revêem no seu projecto ímpar para o País e para a Europa. Não por acaso, as primeiras palavras de Jerónimo de Sousa foram precisamente para «todas as componentes que dão corpo ao projecto democrático e unitário da CDU» e para as «muitas individualidades independentes que nos honram com a sua participação».

Saudado pelo dirigente comunista foi, também, o candidato João Ferreira, ele que, «pelas provas dadas, pela reconhecida experiência e capacidade demonstradas, pela dedicação e entrega ao trabalho e à causa da defesa dos interesses do nosso povo e País e da solidariedade entre os povos e sua luta», é quem dá melhores garantias de prosseguir a intervenção no Parlamento Europeu em «defesa do interesse nacional e do direito soberano do nosso povo a decidir do seu futuro, por um projecto alternativo para Portugal e para a Europa», realçou Jerónimo de Sousa.

Razões de confiança

Nas intervenções do Secretário-geral do Partido, da dirigente do PEV Heloísa Apolónia e de João Ferreira (que tratamos com detalhe nas páginas seguintes) sublinhou-se a singularidade da acção dos deputados portugueses no Parlamento Europeu eleitos nas listas da CDU. Foram eles – e não quaisquer outros – a estar na linha da frente do combate aos brutais ataques contra os direitos dos trabalhadores, às limitações à democracia e à vontade dos povos; que propuseram medidas para minimizar os condicionalismos e consequências negativas da integração; que aproveitaram todos os meios, recursos e possibilidades em prol dos interesses nacionais.

Nos últimos cinco anos, os três deputados do PCP defenderam o emprego com direitos, a agricultura e o mundo rural, as pescas e o mar. Bateram-se por mais apoios às regiões ultraperiféricas da Madeira e dos Açores e opuseram-se tenazmente a mais privatizações e «liberalizações». Propuseram a renegociação das dívidas públicas dos países do euro mais endividados e a criação de um programa de apoio aos países intervencionados pela troika. Agiram em articulação com a luta dos trabalhadores e dos povos de outros países por uma outra Europa.

Para Jerónimo de Sousa, estas são razões de sobra para «encarar de cara levantada os portugueses e partir para esta batalha eleitoral com confiança».

Antes dos discursos, foi a música de Sebastião Antunes a cantar (e a contar) as angústias e as esperanças do povo português – precisamente o mesmo que fazem, noutros espaços e com outros instrumentos, os candidatos, eleitos e activistas da CDU.




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PROPOSTA O Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, garantiu que com o reforço da CDU nas batalhas eleitorais deste ano «é possível levar a luta mais longe», «alcançar conquistas e abrir caminhos de progresso e de esperança».