Venezuela denuncia golpe orquestrado pelos EUA
GOLPISMO O presidente Nicolás Maduro denunciou um plano de agressão militar contra a Venezuela bolivariana, comandado pelos Estados Unidos, com apoio da Colômbia e do Brasil de Jair Bolsonaro.
Washington prepara agressão com apoio da Colômbia e do Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou em Caracas a preparação de um comando estado-unidense, denominado Força Aérea Eglin, que planeia uma nova agressão contra bases militares do país sul-americano.
Num encontro com a imprensa nacional e internacional, no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, Maduro precisou que o objectivo das forças golpistas dos EUA é neutralizar as instalações aéreas Libertador de Palo Negro, no estado de Aragua, as de Puerto Cabello, no estado de Carabobo, e as de Barcelona, em Anzoátegui.
O presidente enfatizou que Washington tenta subornar oficiais venezuelanos e informou que a operação golpista tem um apoio de 40 a 120 milhões de dólares. Disse também que o plano de agressão tem o centro de acção na Colômbia e nele está directamente envolvido o coronel Oswaldo Palomo, já implicado na tentativa de assassinato do alto comando da Revolução Bolivariana, a 4 de Agosto último. O ex-militar venezuelano, a partir da vizinha Colômbia, tem procurado oferecer avultadas quantias, em dólares, a oficiais no activo para que participem no golpe.
«Temos recebido dezenas de telefonemas de nossos efectivos alertando para o plano golpista, que pretende quebrar o inquebrantável, a unidade moral, espiritual e institucional da Força Armada Nacional Bolivariana», pormenorizou o presidente.
Além disso, um outro grupo de mercenários, arregimentados para a mesma acção intervencionista, visa atacar a Venezuela na base aérea de Tolemaida, localizada na fronteira com a Colômbia, revelou ainda o dirigente bolivariano.
Nicolás Maduro exigiu o fim deste tipo de campanhas golpistas contra a Venezuela e avisou que «estabeleceremos medidas políticas, policiais, de informação e contra-informação militar com carácter permanente para neutralizar os países ingerencistas».