«Aliança negativa» inviabiliza o orçamento do Seixal
Na Assembleia Municipal do Seixal, PS, PSD, PAN, CDS e o presidente da Junta de Freguesia de Fernão Ferro (independente) chumbaram, no dia 29 de Novembro, o orçamento e as grandes opções do plano (GOP). O PCP votou a favor e o BE absteve-se.
O orçamento de 89 milhões de euros para o próximo ano, aprovado no dia 25 de Outubro em reunião de Câmara (CMS), previa investimentos importantes para a melhoria da qualidade de vida das populações, como a ampliação e requalificação das escolas do primeiro ciclo da Quinta de Santo António e Paio Pires, a requalificação do Mercado Municipal da Cruz de Pau, a construção da Piscina Municipal de Paio Pires, do Pavilhão Desportivo Municipal de Fernão Ferro, do Parque Urbano do Seixal, da Loja do Cidadão do concelho, a conclusão da Via Alternativa à EN10 em Corroios, a construção da Ponte Seixal-Barreiro, o Centro Cultural de Amora ou a recuperação da zona histórica da Arrentela, entre outros.
Comprometidos ficarão, igualmente, «diversos investimentos» na «melhoria das condições de trabalho e serviço público» e «em todas as associações, bombeiros, colectividades e IPSS do concelho», alerta a CDU, considerando que o chumbo visou «impedir o desenvolvimento do concelho do Seixal».
Em nota de imprensa divulgada na passada quinta-feira, a Coligação PCP-PEV acusa ainda o PS de não ter «apresentado qualquer proposta de alteração ou contributo para o orçamento» da autarquia, «demonstrando que não tem qualquer perspectiva ou ideia para o desenvolvimento do concelho».
Apesar de o chumbo, a CMS garante que vai continuar o seu trabalho. «Esta aliança negativa, ao inviabilizar o aumento de 2,5 milhões de euros inscritos no orçamento de 2019, não só coloca constrangimentos a diversos investimentos, mas também nos salários e valorizações remuneratórias e contratação de novos trabalhadores, que com este voto contra ficam comprometidos», referiu o presidente do município, Joaquim Santos, em comunicado.