Comunistas saúdam «extraordinária jornada de luta» do sector do táxi
Está em distribuição aos profissionais do táxi uma saudação do PCP à luta que, «durante uns impressionantes oito dias», mobilizou o sector do táxi. Os comunistas sublinham os «inimigos poderosos» confrontados nesta acção, desde logo as grandes multinacionais e o grande capital internacional que se posiciona atrás delas, desde a Goldman Sachs a diversos bancos e fundos de investimento».
Mas, acrescenta o PCP, nesta «extraordinária jornada de luta» os profissionais do táxi enfrentavam ainda «uma maioria de deputados» de PS, PSD e CDS, que ainda há poucos meses tinham aprovado o regime jurídico que abriu a porta à concorrência desleal das plataformas digitais de transporte de passageiros, um Governo que se posicionou contra si e do lado das ditas multinacionais e o próprio Presidente da República, que promulgou a dita lei e recusou-se a usar os poderes de que dispõe para suspender a sua aplicação e enviá-la ao Tribunal Constitucional. Do seu lado, contou com um «único e firme apoio: o PCP, que nunca faltou nestes quatro anos com o seu apoio à sua justa causa».
No comunicado, datado de 2 de Outubro, o PCP realça que a luta dos profissionais do táxi «muita coisa transformou», desde logo alargou a consciência na sociedade portuguesa de que a chamada «Lei da Uber» não é justa nem leal. «Essa vitória, limpando anos e anos de campanhas contra o sector do táxi, terá impactos importantes em todos os processos futuros», salienta o PCP, valorizando igualmente o significado da discussão parlamentar do próximo dia 1 de Novembro sobre a revogação da dita lei, proposta pelo grupo parlamentar comunista. A garantia do PS de que iria propor a descentralização para as autarquias da regulação e criação de contingentes de viaturas das ditas plataformas corresponde, a ir para a frente, à satisfação de uma reivindicação do sector do táxi.
Para o PCP, «para derrotar as multinacionais e os seus representantes em Portugal, é preciso organização, unidade e luta».