Plataforma contesta aeroporto no Montijo

AE­RO­PORTO A Pla­ta­forma Cí­vica «Ae­ro­porto BA6-Mon­tijo Não» con­si­dera um «erro e um des­per­dício de re­cursos» ex­pandir o Ae­ro­porto Hum­berto Del­gado/​Por­tela para o Mon­tijo.

Má so­lução para a qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções

LUSA


A pla­ta­forma – onde se in­te­gram in­di­vi­du­a­li­dades da vida téc­nica, ci­en­tí­fica, cul­tural e pro­fis­si­onal, bem como as­so­ci­a­ções e or­ga­ni­za­ções da so­ci­e­dade civil e ci­da­dãos – foi criada no dia 13 de Julho e apre­sen­tada no dia 26 de Julho.

Num ma­ni­festo in­ti­tu­lado «As pes­soas pri­meiro», os subs­cri­tores con­si­deram que a uti­li­zação da Base Aérea n.º 6, no Mon­tijo, para a ex­pansão da ca­pa­ci­dade ae­ro­por­tuária do ae­ro­porto Hum­berto Del­gado, em Lisboa, «é uma má so­lução que põe em causa, por vá­rias dé­cadas, a saúde, o bem-estar e qua­li­dade de vida das po­pu­la­ções de uma vasta área da Margem Sul de Lisboa».

«Tal opção re­pre­senta um sig­ni­fi­ca­tivo au­mento da po­luição at­mos­fé­rica e so­nora com im­pactos ine­vi­ta­vel­mente ne­ga­tivos na saúde pú­blica, com con­sequên­cias a médio e longo prazo», afirma o do­cu­mento, aler­tando para a «des­va­lo­ri­zação da pro­pri­e­dade, par­ti­cu­lar­mente do parque re­si­den­cial», o que terá «graves con­sequên­cias a médio e longo prazo». «Nin­guém de­se­jará viver, cons­truir fa­mília e educar os seus fi­lhos com um ae­ro­porto pa­redes meias e com aviões cons­tan­te­mente a so­bre­voar as suas ca­beças», pers­pec­tiva-se.

No ma­ni­festo aponta-se, também, o facto de a opção BA6, como ae­ro­porto com­ple­mentar, ser uma «so­lução de baixa den­si­dade de em­prego», apenas fa­vo­rece «as com­pa­nhias aé­reas cha­madas “low-cost”» e «cons­ti­tuirá um grave aten­tado contra a Zona de Pro­tecção Es­pe­cial do Es­tuário do Tejo e a Re­serva Na­tural do Es­tuário do Tejo».

As pes­soas pri­meiro

Os ci­da­dãos, or­ga­ni­za­ções, as­so­ci­a­ções e mo­vi­mentos, en­ti­dades e ins­ti­tui­ções subs­cri­tores do ma­ni­festo «As pes­soas pri­meiro. Não ao ae­ro­porto na Base Aérea 6 no Mon­tijo» con­si­deram que «a não cons­trução de um novo ae­ro­porto de Lisboa re­pre­senta uma ina­cei­tável ce­dência pe­rante os in­te­resses de países ter­ceiros e, em par­ti­cular, dos in­te­resses pri­vados, como é o caso da VINCI Air­ports que é hoje de­ten­tora da ANA-Ae­ro­portos de Por­tugal».

«Por­tugal pre­cisa de um novo e mo­derno ae­ro­porto para as pró­ximas dé­cadas e dis­pensa a mi­ti­gação que a ex­pansão para o Mon­tijo, de facto, re­pre­senta», de­fendem, con­si­de­rando «im­pe­rioso e in­dis­pen­sável» pro­ceder a um «amplo e alar­gado de­bate pú­blico em torno das con­sequên­cias, al­ter­na­tivas, pe­rigos e ma­le­fí­cios que uma má e apres­sada de­cisão, as­sente em in­to­le­rá­veis formas de chan­tagem e pressão ba­se­adas na “ur­gência”, pode acar­retar para vá­rias ge­ra­ções de por­tu­gueses».

 



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