Governo alemão protege sectores estratégicos de investidores chineses

O governo alemão anunciou, dia 27, a aquisição de 20 por cento da empresa de transporte de electricidade 50Hertz, com o objectivo de bloquear a entrada de investidores chineses num sector considerado estratégico para o país.

Em comunicado, o Ministério da Economia explicou que, «por razões de política de segurança», o governo alemão «tem grande interesse em proteger as infra-estruturas energéticas». Foi por isso que ordenou ao banco público KFW que adquirisse a parte do capital posta à venda pelo referido operador, que é responsável pelo fornecimento de electricidade a 18 milhões de pessoas no Leste e Norte da Alemanha.

Para salvaguardar sectores estratégicos, o governo alemão fez aprovar no ano passado uma lei que limita a 25 por cento a detenção por investidores estrangeiros do capital de empresas com actividade nos domínios das infra-estruturas, informática ou energia.

Mas como no caso da 50Hertz estava em causa apenas 20 por cento do capital, Berlim decidiu avançar directamente com a compra, impedindo assim que o conglomerado chinês SGCC realizasse o negócio avaliado em cerca de mil milhões de euros.

Segundo a imprensa alemã, citada pela AFP, o governo alemão prepara-se ainda para activar pela primeira vez a lei sobre participações estrangeiras, a fim de evitar que investidores chineses tomem o controlo da empresa de máquinas-ferramentas, Leifeld Metal Spinning, especializada em materiais de alta resistência utilizados na indústria aeroespacial e nuclear.

Apesar destes obstáculos, os investimentos chineses em empresas alemãs têm registado um grande crescimento nos últimos anos. Se em 2015 foram feitas aquisições no montante de 663 milhões de euros, em 2016 este valor subiu para 11 mil milhões de euros, continuando a crescer para 12 mil milhões de euros, em 2017, segundo dados do Instituto da Economia Alemã, citados pela AFP.




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