NATO reforça poderio na cimeira de Bruxelas

PO­DERIO A NATO vai re­forçar o seu po­derio be­li­cista, apesar das «di­ver­gên­cias» na ci­meira de Bru­xelas entre os Es­tados Unidos e os ali­ados eu­ro­peus sobre o au­mento dos gastos mi­li­tares.

NATO de­cide au­mentar gastos mi­li­tares e criar mais co­mandos

A ci­meira da Or­ga­ni­zação do Tra­tado do Atlân­tico Norte (NATO), nos dias 11 e 12, em Bru­xelas, de­cidiu re­forçar a sua ca­pa­ci­dade de «dis­su­asão e de­fesa», in­ten­si­ficar a luta anti-ter­ro­rista e «par­ti­lhar os en­cargos fi­nan­ceiros de forma mais justa».

O se­cre­tário-geral Jens Stol­ten­berg des­tacou que «muitos lí­deres anun­ci­aram novas con­tri­bui­ções para as mis­sões e ini­ci­a­tivas» da or­ga­ni­zação mi­litar. A mai­oria dos es­tados mem­bros pla­neia au­mentar as des­pesas mi­li­tares nos pró­ximos seis anos, disse. «De acordo com os planos na­ci­o­nais dos ali­ados eu­ro­peus e do Ca­nadá, es­pera-se que gastem na de­fesa 266 mil mi­lhões de dó­lares adi­ci­o­nais até 2024», pre­cisou.

Stol­ten­berg anun­ciou que foi apro­vada a ini­ci­a­tiva co­nhe­cida por 30-30-30-30. Sig­ni­fica que em 2020 a ali­ança tenha 30 ba­ta­lhões me­ca­ni­zados, 30 es­qua­drões aé­reos e 30 na­vios de com­bate que possam estar prontos em 30 dias ou menos».

Em Bru­xelas foram cri­ados novos co­mandos da NATO, con­cre­ta­mente, co­mandos para o Atlân­tico, em Nor­folk (Vir­gínia, EUA), e para apoio e lo­gís­tica, em Ulm (Ale­manha). Foram ainda au­to­ri­zadas uni­dades de de­fesa ci­ber­né­tica e de «luta contra as ame­aças hí­bridas».

Os di­ri­gentes da NATO deram luz verde a uma missão não com­ba­tente no Iraque, que será co­man­dada pelo Ca­nadá. Nas pa­la­vras de Stol­ten­berg, trata-se de uma «missão de treino» com vá­rias cen­tenas de ins­tru­tores mi­li­tares: «A NATO não quer estar en­vol­vida numa ope­ração de com­bate no Iraque».

A ci­meira de Bru­xelas ficou mar­cada por exi­gên­cias do pre­si­dente dos EUA aos seus par­ceiros eu­ro­peus, em es­pe­cial à Ale­manha, no sen­tido de au­men­tarem ra­pi­da­mente de 2% para 4% do PIB na­ci­onal as des­pesas mi­li­tares. Após a reu­nião, Trump as­se­gurou que o com­pro­misso dos EUA com a NATO «é muito forte» e re­velou que ou­tros lí­deres ali­ados agra­de­ceram os seus con­tri­butos na ci­meira, que «foi um grande êxito». E es­creveu no Twitter: «A NATO agora é forte e rica!».




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