Agricultores criticam políticas da UE

AGRICULTURA A Coordenadora Europeia Via Campesina (CEVA) participou, dia 23 de Maio, numa conferência sobre a Política Agrícola Comum (PAC). Uma visão crítica das políticas da UE foi partilhada por todos.

Os camponeses são o motor da economia local

No Parlamento Europeu, em Bruxelas, mais de 130 agricultores familiares de diversos países, com representantes de instituições da União Europeia e organizações da sociedade civil, abordaram os temas mais delicados e controversos no que respeita à actual reforma da PAC.

«Como é que o nosso sistema agrícola e alimentar pode responder aos desafios actuais?». A resposta – dada a conhecer numa nota de imprensa subscrita pela CEVA e Confederação Nacional da Agricultura (CNA) – a esta primeira pergunta foi unânime: Só a agricultura familiar «pode dar um excelente contributo ao preservar uma agrobiodiversidade única e a diversidade de espécies animais e vegetais selvagens» e

combater o aquecimento global do planeta.

A agricultura familiar camponesa também contribui para a sustentabilidade do modelo produtivo, salientou, na conferência, José Miguel Pacheco, dirigente da CNA e membro do Comité Coordenador da CEVA. «Dado que as mais-valias geradas pela sua actividade não são exportadas para outros territórios, os camponeses são o motor da economia local», reforçou, lembrando que a agricultura industrial «importa grande parte dos factores de produção e, frequentemente, mão-de-obra, recorrendo a grandes agências de trabalho temporário, exportando também a mais-valia gerada naquele território».

«Reforçar o rendimento da agricultura familiar é uma questão essencial para a coesão social e territorial na Europa», concluiu.

Lesados pelos incêndios reclamam apoios realistas ao Governo

Delegações de agricultores, produtores florestais e outros «rurais» lesados pelos incêndios de 2017 concentraram-se, dia 24 de Maio, junto à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), em Coimbra, para exigir do Governo «apoios justos» e «adequados», nomeadamente para a recuperação das habitações destruídas.

No protesto, as vítimas lembraram que «a grande parte das situações continua por resolver», contrariando o Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas, que, no dia anterior, 23, veio a público dizer que mil casas destruídas pelos incêndios já estão em reconstrução. «Quem vive nas zonas afectadas sabe bem que não é assim. Longe disso. Centenas de habitações permanentes ainda não estão a ser construídas e muito poucas foram entregues», lê-se num comunicado subscrito pelos organizadores do protesto: Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra, Confederação Nacional da Agricultura e Movimento Associativo de Apoio às Vitimas dos Incêndios de Midões.

Na concentração pediu-se ainda, entre outras reivindicações, que sejam abertas as candidaturas simplificadas dos agricultores até 5000 euros e que seja criada uma ajuda à perda de rendimentos dos agricultores afectados pelos incêndios.

 



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