Corrupção ameaça derrubar Rajoy

O PSOE apresentou, dia 25, uma moção de censura contra o governo de Espanha, liderado por Mariano Rajoy, um dia depois de uma sentença da Justiça ter condenado dirigentes políticos do PP e empresários pelos crimes de corrupção, desvio de fundos e branqueamento de dinheiro.

O tribunal condenou 29 dos 37 arguidos a um total de 351 anos de prisão. O antigo tesoureiro do PP, Luis Barcenas, foi condenado a 33 anos de prisão e uma multa de 44 milhões de euros, mas a pena mais pesada (51 anos e 11 meses de prisão) foi sentenciada ao empresário Francisco Correa, que confessou ter subornado funcionários e eleitos políticos para obter contratos públicos para empresas com que estava relacionado.

O PP, partido no governo, também foi condenado a pagar 240 mil euros, por ser «participante» a título lucrativo nas actividades do caso «Gürtel», palavra alemã que significa «correia», o nome do principal suspeito, escolhida pela polícia para designar a investigação que durou nove anos.

A moção de censura tem o apoio do Unidos Podemos, mas precisará dos votos da esquerda independentista ou do Partido Nacionalista Basco, uma vez que o partido Cidadãos (direita) se demarcou da iniciativa, apesar de exigir eleições antecipadas.




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