FARC exige liberdade de Santrich

O Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC) voltou a apelar, fez ontem uma semana, ao governo da Colômbia para que liberte Jesus Santrich, detido a 9 de Abril e ameaçado de extradição para os EUA. A FARC considera que a prisão do ex-guerrilheiro e a manutenção em cárceres, no país e no estrangeiro, de cerca de outros 600 antigos combatentes (entre os quais se inclui Simón Trinidad, que se encontra numa prisão de alta segurança norte-americana), violam os acordos de paz subscritos pelo regime de Bogotá, concretamente as disposições referentes à amnistia e à reincorporação social.
«Desde a assinatura dos acordos, o sistema de Jurisdição Especial para a Paz, em especial, tem sido objecto de múltiplos ataques destinados a desvirtuar o seu carácter, limitar o seu alcance e desconhecer as suas competências por parte daqueles que temem que se conheça a verdade dos acontecimentos ocorridos durante o conflito [social e armado na Colômbia]», acusa a FARC.
O agora partido político criado na base das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP), pretende que Jesus Santrich ponha fim à greve de fome que o próprio garante que está disposto a levar até às últimas consequências em defesa da sua libertação e da dos seus companheiros. Em solidariedade, outros prisioneiros políticos farianos iniciaram igual jejum.
O dirigente da FARC e delegado das FARC-EP nas negociações de paz que decorreram em Havana, Cuba, é acusado pelos EUA de envolvimento em narcotráfico. A direcção da FARC considera, no entanto, tratar-se de uma montagem. Igual denúncia parte dos acantonamentos provisórios onde se encontram milhares de ex-guerrilheiros que esperam, em condições indignas e muito diferentes das previstas, pelo cumprimento da sua reintegração económica, social e política.
«Santrich foi capturado sem provas» e sob «intensa cobertura mediática», gerando «grave desconfiança na implementação do processo de paz», sublinham.



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