Hervé Falciani retido em Espanha

Hervé Fal­ciani, an­tigo in­for­má­tico franco-ita­liano do banco HSBC Suisse, que trouxe a pú­blico o es­cân­dalo de evasão fiscal co­nhe­cido como «Swis­s­leaks», foi de­tido, dia 5, pelas au­to­ri­dades es­pa­nholas quando se pre­pa­rava para par­ti­cipar numa con­fe­rência sobre evasão fiscal e jor­na­lismo de in­ves­ti­gação, em Ma­drid.

Saindo em li­ber­dade, Fal­ciani ficou no en­tanto su­jeito a vá­rias me­didas cau­te­lares, de­sig­na­da­mente a proi­bição de sair de Es­panha, até a Jus­tiça se pro­nun­ciar sobre o pe­dido de ex­tra­dição feito pela Suíça, onde foi con­de­nado a cinco anos de prisão.

O ex-in­for­má­tico havia sido preso em Bar­ce­lona já em 2012, ao abrigo do man­dado in­ter­na­ci­onal de cap­tura emi­tido pela Suíça, sob a acu­sação de «es­pi­o­nagem eco­nó­mica, roubo de in­for­mação e vi­o­lação do se­gredo co­mer­cial e ban­cário»

Na al­tura, porém, a Au­di­ência Na­ci­onal de Es­panha re­cusou a ex­tra­dição, con­si­de­rando que a de­núncia de in­frac­ções pe­nais não pode ser pu­nida.

Com efeito, a cha­mada «lista Fal­ciani» per­mitiu iden­ti­ficar 127 mil contas de 79 mil ci­da­dãos de 180 na­ci­o­na­li­dades, usadas para evasão fiscal e bran­que­a­mento de ca­pi­tais.

Dois anos e meio após a con­de­nação de Fal­ciani, as au­to­ri­dades hel­vé­ticas vol­taram a re­quer a sua ex­tra­dição, num pe­dido en­viado a Es­panha a 19 de Março, o que coin­cide com a pre­sença na Suíça de duas di­ri­gentes in­de­pen­den­tistas ca­talãs pro­cu­radas pela Jus­tiça es­pa­nhola.




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