No domingo, milhares de motociclistas manifestaram-se, em várias cidades do País, contra a obrigatoriedade de inspecções periódicas às motas, medida que o Governo quer implementar nos próximos meses, e a «manipulação da sinistralidade» rodoviária.

Em Lisboa os motards concentraram-se junto à Assembleia da República, onde entregaram aos representantes dos partidos um manifesto no qual afirmam que «as vítimas na estrada não podem ser usadas para justificar a implementação de medidas que nada têm a ver com as causas dos seus acidentes».

O protesto – promovido pelo Grupo de Acção Motociclista – contou com a presença do deputado comunista Miguel Tiago, também ele motociclista. «Não aceitamos que manipulem os dados», disse o Miguel Tiago, manifestando-se também contra a reversão da chamada «lei das 125 cc» (que permite a quem tem carta de condução de veículos conduzir motos até 125 centímetros cúbicos), porque a lei «não tem qualquer relação com o aumento da sinistralidade».

Iniciativas semelhantes tiveram lugar nas ruas do Porto, Coimbra, Faro, Funchal e Ponta Delgada.