Fenprof valoriza negociação
O Conselho Nacional da Fenprof fez no sábado, dia 25, «uma apreciação positiva do processo negocial» que culminou com a assinatura de uma «declaração de compromisso» sobre a carreira docente e com a marcação de reuniões com o Ministério da Educação para outras negociações (a primeira das quais tem lugar hoje, dia 30, sobre concursos de professores e progressão aos 5.º e 7.º escalões da carreira).
Para preparar estas negociações, a federação constituiu um grupo de trabalho dedicado à recomposição da carreira (reposicionamento, descongelamento e progressão) e outro que tratará o desgaste dos profissionais.
No quadro da campanha de valorização da educação e dos seus profissionais, a Fenprof decidiu promover uma tribuna pública, dia 7 de Dezembro, na Praça Luís de Camões, em Lisboa, e vai convidar figuras públicas dos mais variados sectores da vida nacional para deixarem o seu testemunho.
O órgão dirigente da Fenprof reafirmou «a actualidade das prioridades reivindicativas estabelecidas no início do ano lectivo», enfatizando «o descongelamento das carreiras, a aposentação, os horários de trabalho e os concursos, mas também a defesa de um regime de gestão democrática para as escolas e o combate a qualquer tentativa de municipalização da Educação».
Com o propósito de «reiterar a sua posição favorável à descentralização, mas contrária à municipalização», a Fenprof vai dirigir-se aos participantes no Congresso da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, a 9 de Dezembro, em Portimão.
Mais de 20 mil
Uma delegação da Fenprof, incluindo o seu secretário-geral, Mário Nogueira, entregou no dia 24, no Ministério da Educação e na Assembleia da República, o abaixo-assinado «Pela valorização da Educação e dos seus profissionais», com mais de 20 mil subscritores. Na AR esta iniciativa toma a forma de petição.
Dos governantes e deputados exige-se «vontade, coragem e determinação para que seja feito tudo o que se impõe no sentido de inverter caminhos errados que têm vindo a ser percorridos, condicionados por políticas negativas que têm desvalorizado a Educação e os seus profissionais», mas a Fenprof também decidiu fazer esta entrega para responder a «alguns comentadores e políticos» que, a propósito da negociação com o ME, «têm desferido violentos ataques aos docentes e ao seu movimento sindical».