Greve forte na Altice e Manpower

Na segunda-feira, dia 13, o índice de adesão à greve nacional dos trabalhadores subcontratados à Manpower e que prestam serviço na Altice (MEO e outras empresas da PT Portugal) aproximou-se dos 85 por cento, abrangendo os centros de atendimento no Porto, Castelo Branco, Coimbra e Santo Tirso.

Os trabalhadores, prosseguindo uma luta com quase um ano, reivindicam aumento salarial, condições de trabalho dignas e integração nos quadros da empresa para que efectivamente trabalham.

«O que há aqui é trabalho efectivo, não é trabalho temporário», realçou o Secretário-geral da CGTP-IN, durante a concentração que se realizou no Porto, ao final da manhã e início da tarde, junto do edifício da Portugal Telecom na Rua Tenente Valadim. Arménio Carlos condenou a prática «inadmissível» de entregar serviço permanente a firmas de trabalho temporário, para pagar menos aos trabalhadores e aumentar os lucros das grandes empresas.

Nesta acção participaram também Ana Pires, da Comissão Executiva da CGTP-IN, e Tiago Oliveira, coordenador da União dos Sindicatos do Porto.

A solidariedade do PCP e da JCP foi transmitida por uma delegação que integrou o deputado Jorge Machado.

A recusa de negociação por parte da Manpower e da Altice «revolta os trabalhadores», como disse Teresa Carvalho, delegada sindical do Sinttav. Da Manpower é exigido aumentos salariais para garantir um mínimo de 600 euros, relativamente a 2017, enquanto para 2018 se reivindica um aumento de quatro por cento, nunca inferior a 40 euros, como referiu a delegada sindical Marlene Moreira. Nelson Leite, também delegado sindical, salientou que a Altice deveria na MEO e no Grupo PT dar o exemplo de contratação directa dos trabalhadores de que precisa.

 



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