Greve força EDP a reunir
A greve cumprida pela maioria dos cerca de 1500 trabalhadores da Randstad que prestam serviço nos centros de atendimento da EDP obrigou a administração da «eléctrica nacional» a ceder. No segundo de quatro dias de paralisação (entre 1 e 4 de Novembro), o Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI) informou que o conselho de administração liderado por António Mexia solicitou uma reunião com a estrutura representativa dos trabalhadores, algo a que se tinha sempre recusado.
A reunião estava prevista para anteontem, dia 7, tendo o SIESI a intenção de levar para cima da mesa as condições e vínculos precários dos trabalhadores, bem como a necessária valorização das remunerações. Essas foram, aliás, as reivindicações centrais dos trabalhadores na sua jornada de luta.
Na quinta-feira, 2, manifestaram-se entre o Cais do Sodré e a Assembleia da República, com passagem pela sede da EDP, na Avenida 24 de Julho, em defesa da sua integração no quadro de pessoal da multinacional (consideram que a situação em que se encontram configura falsa prestação de serviços e um expediente destinado a embaratecer os custos do trabalho), pela revisão da tabela salarial e contra a ameaça de despedimento colectivo que a empresa pretende face à deslocalização, de Lisboa para Elvas, do serviço de atendimento aos clientes em Espanha.