Fim do bloqueio a Cuba exigido por 191 países
ONU Um total de 191 países pediu na Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 1, o fim imediato do bloqueio que os Estados Unidos mantêm contra Cuba há mais de meio século. Só os EUA e Israel votaram contra.
PCP reafirma a exigência do fim do criminoso bloqueio
A Assembleia Geral da ONU aprova desde 1992, há 26 anos consecutivos, resoluções exigindo o fim do bloqueio que os EUA impuseram em 1960 e impede à ilha caribenha o desenvolvimento do seu potencial social e económico.
Cuba estima que o bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há quase seis décadas já causou prejuízos acumulados de mais de 820 mil milhões de dólares.
Como escreveu o Granma, «apesar da política cruel e genocida de 11 administrações estado-unidenses, o povo cubano não só resistiu mas também não renuncia ao desenvolvimento e, com o seu governo, constrói o futuro, como o prova a sua participação na actualização do modelo económico e social». Além disso, considera o jornal de Havana, «a forma arcaica e isolada de actuar do país mais poderoso da Terra tão-pouco conseguiu impedir as demonstrações de solidariedade de uma pequena nação que partilha com os mais pobres o que tem, não o que sobra».
«O bloqueio imposto pelos EUA, ilegítimo e ilegal no quadro do direito internacional, atenta frontalmente contra a soberania de Cuba e viola o direito do povo cubano ao acesso a bens materiais essenciais nos sectores da saúde, alimentar, da educação, desporto, cultura e desenvolvimento, implicando pesados prejuízos e consequências para a economia e finanças de Cuba», afirmou o PCP, em nota divulgada no dia 2,
É particularmente grave que os EUA e a actual administração Trump, significativamente isolados no plano internacional e apenas apoiados pelo Estado sionista de Israel, tenham previamente anunciado a intenção de agravar o bloqueio a Cuba, decisão que entre outras medidas hostis se reflectiu na alteração do seu sentido de voto relativamente a 2016, passando de abstenção a voto contra a resolução agora aprovada.
Congratulando-se pelo resultado da presente votação na Assembleia Geral da ONU, o Partido Comunista Português «reafirma a exigência do fim do criminoso bloqueio económico, comercial e financeiro dos EUA contra a República de Cuba e saúda o Partido Comunista de Cuba e o povo cubano pela resistência e determinação protagonizadas face às políticas de intervencionismo e ingerência dos EUA, a defesa consequente do direito soberano a decidir do seu destino e prosseguir o caminho da revolução socialista, enfrentando com espírito solidário e determinação a violenta ofensiva do imperialismo norte-americano na América Latina e Caraíbas».