Igualdade avança na UE a passo de caracol

DISCRIMINAÇÃO A igualdade entre homens e mulheres registou alguns avanços na última década, mas o progresso é muito lento, havendo casos em que as desigualdades se agravaram.

As mulheres na UE continuam a ser discriminadas

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As conclusões constam de um relatório divulgado, dia 11, pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE), onde se verifica que ao nível de toda a União Europeia a evolução quantificada foi de apenas quatro pontos (66,2 em 100) em dez anos.
O país com o melhor desempenho é a Suécia, com um resultado de 82,6 contra 50 pontos para a Grécia, que passou para último lugar. O país que mais avançou no período em análise foi a Itália, ao ganhar 12,9 pontos, posicionando-se agora no 14.º lugar da classificação.
Portugal está na 21.ª posição, à frente da República Checa, Grécia, Croácia, Chipre, Luxemburgo, Roménia e Eslováquia.
Segundo a directora do instituto, Virginija Langbakk, «estamos ainda longe de alcançar uma sociedade equitativa do ponto de vista do género», sendo que «em algumas regiões, as disparidades são ainda maiores do que há dez anos».
O índice, que analisa vários sectores de actividade, revela que as mulheres continuam a ser responsáveis pela maior parte do trabalho doméstico, domínio em que o progresso recuou em 12 países.
Apenas um em cada três homens se dedica diariamente à cozinha e às tarefas domésticas, contra 79 por cento das mulheres.
Os homens gozam também de mais tempo para as actividades desportivas, culturais e de lazer. As mulheres migrantes têm uma sobrecarga particularmente elevada no que toca aos cuidados dos membros da família, em comparação com as mulheres nascidas na UE (46% e 38% respectivamente).
Este estudo analisa a igualdade partindo de factores como traba-lho, rendimento, saúde e uso dos tempos na vida doméstica, entre outros.




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