O cineasta António de Macedo, um dos percursores do Cinema Novo português, na década de 60, morreu, dia 5, aos 86 anos.

A sua primeira longa-metragem foi o filme «Domingo à Tarde» (1965), produzida por António da Cunha Telles, a partir de uma adaptação do romance homónimo de Fernando Namora. Com «A Promessa» (1973), baseado na peça de Bernardo Santareno, participou na competição principal do Festival de Cannes. Antes, em 1970, a película «Nojo aos Cães» tinha sido proibida pelo regime fascista.

Mas foram os filmes «As Horas de Maria» (1979), cuja estreia foi condenada pela Igreja Católica, e «Os Abismos da Meia-Noite» que geraram mais polémica em torno do cineasta, que nas últimas décadas optou por se dedicar à escrita, tendo cerca de uma dezena de títulos publicados.

António de Macedo era pai de Susana de Sousa Dias, autora do documentário «48» e do músico António de Sousa Dias, que compôs várias bandas-sonoras para os seus filmes.