Camionistas ameaçam com novos bloqueios em França

Os ca­mi­o­nistas fran­ceses ame­açam voltar a blo­quear es­tradas e en­tre­postos vi­tais para a eco­nomia, caso o go­verno não sa­tis­faça as suas rei­vin­di­ca­ções.

Após uma reu­nião, dia 25, com a mi­nistra do Tra­balho, Eli­sa­beth Borne, e as fe­de­ra­ções pa­tro­nais, os sin­di­catos alertam una­ni­me­mente para as con­sequên­cias de­vas­ta­doras da re­forma la­boral no sector, de­sig­na­da­mente em ma­téria de su­ple­mentos re­mu­ne­ra­tó­rios, ajudas de custo, pré­mios de an­ti­gui­dade, entre ou­tros di­reitos ad­qui­ridos.

Afir­mando terem sido sur­pre­en­didos com as in­for­ma­ções trans­mi­tidas pelo go­verno, de que as al­te­ra­ções à le­gis­lação terão im­pactos sobre as ajudas de custo, os prin­ci­pais sin­di­catos (CFDT, CGT, FO, CFTC, CFE-CGC) mos­tram-se dis­postos a ra­di­ca­lizar a luta.

Se­gundo Jérôme Vé­rité (CGT), os de­cretos go­ver­na­men­tais per­mi­tirão pôr em causa, em­presa a em­presa, as ajudas que os ca­mi­o­nistas au­ferem para ali­men­tação e dor­midas, as quais hoje podem as­cender a mais de mil euros por mês.

Por seu lado, a CFDT, que tem man­tido uma po­sição mo­de­rada na con­tes­tação à re­visão do Có­digo do Tra­balho, aban­donou a reu­nião des­cre­vendo com ir­ri­tação «dis­cus­sões muito tensas com um pa­tro­nato que não quer largar mão de nada».

A cen­tral, cujos sin­di­catos são mai­o­ri­tá­rios nos trans­portes ro­do­viá­rios de mer­ca­do­rias, anun­ciou en­tre­tanto uma greve para a pró­xima terça-feira, dia 10, data em que também todas as es­tru­turas sin­di­cais da função pú­blica fran­cesa apelam à greve.

Até lá os ca­mi­o­nistas de­verão re­a­lizar al­gumas ac­ções, co­or­de­nadas pela FO. A CGT tinha mar­cada para ontem, quarta-feira,18, uma reu­nião para de­cidir novos passos na luta contra o pa­cote la­boral.

Na Função Pú­blica, o con­junto dos sin­di­catos re­pre­sen­ta­tivos anun­ciam uma grande greve na­ci­onal com ma­ni­fes­ta­ções em todo o país, em pro­testo contra a eli­mi­nação de 120 mil postos de tra­balho no sector e o au­mento das con­tri­bui­ções so­ciais.

Em sen­tido in­verso, os sin­di­catos exigem a ne­go­ci­ação de au­mentos sa­la­riais que per­mitam o au­mento do poder de compra e a re­va­lo­ri­zação das car­reiras.

 



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