CPPC apela a mais acção contra as armas nucleares
PAZ O CPPC assinalou o Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Armas Nucleares e o Dia Internacional da Paz, a 26 e 21, respectivamente, apelando ao reforço da acção em prol da paz.
Uma guerra nuclear hoje poria em causa toda a humanidade
O CPPC instou, anteontem, à intensificação da acção em prol do desarmamento geral, simultâneo e controlado e lançou uma campanha para que Portugal assine e ratifique o Tratado de Proibição de Armas Nucleares, recentemente aprovado numa conferência das Nações Unidas por 122 países. Assinalando o Dia Internacional para a Eliminação de Todas as Armas Nucleares, no próprio dia 26, o CPPC realçava que o País, «no respeito do espírito e letra da Constituição da República Portuguesa – que se posiciona pelo “desarmamento geral, simultâneo e controlado” – deve estar do lado da paz e das iniciativas que a promovem», como é o caso deste tratado.
Após sublinhar que a «actual situação internacional encarrega-se de comprovar a premência» da exigência de pôr fim às armas nucleares, o CPPC recorda a oposição e boicote dos EUA à conferência e a declaração da NATO contra a ratificação do tratado que dela resultou. Tal constitui, garante, uma tentativa de impedir a existência de um «instrumento jurídico internacional que pugne pela abolição deste armamento de destruição massiva».
Pelo futuro dos povos
Quanto ao Dia Internacional da Paz, proclamado pela ONU para 21 de Setembro, o CPPC divulgou o Apelo aos Povos da Europa, no qual se assume este dia como sendo de «acção contra as armas nucleares e outras armas de destruição massiva e as bases militares estrangeiras». A decisão de evocar esta data partiu da última Assembleia Mundial da Paz, realizada no ano passado no Brasil, sendo depois reafirmada pelas organizações europeias membros do Conselho Mundial da Paz, incluindo o CPPC.
No texto apela-se aos povos para darem mais força à luta pela paz em todo o mundo, conforme os princípios proclamados na Carta da Nações Unidas. Num contexto mundial marcado pela escalada de tensões, crescente militarismo e agressões imperialistas, lê-se, «uma nova guerra de proporção igual à das guerras mundiais que marcaram o século XX significaria a destruição da Humanidade como a conhecemos».
No Dia Internacional da Paz exigiu-se também o fim a todas as guerras, da ingerência externa e das operações de desestabilização contra países soberanos, responsáveis pela situação dramática de milhões de refugiados. A exigência de dissolução da NATO foi também reafirmada. Só assim, termina o Apelo, «será possível assegurar o futuro dos povos da Europa e o futuro de todos os povos do mundo».