Morte de general russo na Síria resulta «da hipocrisia dos EUA»

O te­nente-ge­neral Va­leri Asápov, que li­de­rava um grupo de con­se­lheiros mi­li­tares russos que apoi­avam o Exér­cito da Síria na li­ber­tação de Deir Ezzor, foi morto pela ex­plosão de um mor­teiro.

O Mi­nis­tério russo da De­fesa in­formou que o ofi­cial en­con­trava-se num ponto de co­mando das forças mi­li­tares sí­rias quando foi atin­gido. O go­verno russo con­ce­derá a Asápov uma alta con­de­co­ração es­tatal a tí­tulo pós­tumo. Trata-se da pri­meira vez que morre um ofi­cial russo de alta pa­tente na guerra da Síria.

A morte do ge­neral é «o preço» que a Rússia teve de pagar «pela hi­pó­crita po­lí­tica es­tado-uni­dense na Síria», afirmou na se­gunda-feira, 25, o vice-mi­nistro russo dos Ne­gó­cios Es­tran­geiros, Ser­guéi Ri­abkov.

Se­gundo o vice-mi­nistro, Mos­covo está pre­o­cu­pado com o facto de Washington, apesar de de­clarar o seu in­te­resse em eli­minar o au­to­de­no­mi­nado «Es­tado Is­lâ­mico» (EI), de­mons­trar o con­trário na prá­tica.

«Al­gumas das suas ac­ções» mos­tram que para os EUA «certas ta­refas po­lí­ticas e ge­o­po­lí­ticas» são mais im­por­tantes do que a sua adesão à luta anti-ter­ro­rista, de­clarou Ri­abkov. Ainda assim, o go­ver­nante as­se­gurou que os mi­li­tares russos e es­tado-uni­denses na Síria mantêm con­tactos «in­tensos» a di­fe­rentes ní­veis.

Na zona de Deir Ezzor, as tropas sí­rias, apoi­adas pela avi­ação russa, pros­se­guiram esta se­mana as ope­ra­ções ofen­sivas para des­truir a re­sis­tência do EI, de­pois de terem rom­pido, no início do mês, o cerco de três anos à ci­dade. Cerca de 85 por cento da urbe foi já li­ber­tada pelas forças go­ver­na­men­tais.

 



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