- Nº 2287 (2017/09/28)

Morte de general russo na Síria resulta «da hipocrisia dos EUA»

Internacional

O tenente-general Valeri Asápov, que liderava um grupo de conselheiros militares russos que apoiavam o Exército da Síria na libertação de Deir Ezzor, foi morto pela explosão de um morteiro.

O Ministério russo da Defesa informou que o oficial encontrava-se num ponto de comando das forças militares sírias quando foi atingido. O governo russo concederá a Asápov uma alta condecoração estatal a título póstumo. Trata-se da primeira vez que morre um oficial russo de alta patente na guerra da Síria.

A morte do general é «o preço» que a Rússia teve de pagar «pela hipócrita política estado-unidense na Síria», afirmou na segunda-feira, 25, o vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguéi Riabkov.

Segundo o vice-ministro, Moscovo está preocupado com o facto de Washington, apesar de declarar o seu interesse em eliminar o autodenominado «Estado Islâmico» (EI), demonstrar o contrário na prática.

«Algumas das suas acções» mostram que para os EUA «certas tarefas políticas e geopolíticas» são mais importantes do que a sua adesão à luta anti-terrorista, declarou Riabkov. Ainda assim, o governante assegurou que os militares russos e estado-unidenses na Síria mantêm contactos «intensos» a diferentes níveis.

Na zona de Deir Ezzor, as tropas sírias, apoiadas pela aviação russa, prosseguiram esta semana as operações ofensivas para destruir a resistência do EI, depois de terem rompido, no início do mês, o cerco de três anos à cidade. Cerca de 85 por cento da urbe foi já libertada pelas forças governamentais.