Estados Unidos ameaçam destruir a Coreia do Norte
ESCALADA Aumenta a tensão entre os EUA e a Coreia do Norte, com ameaças de parte a parte. As Nações Unidas impuseram mais sanções a Pyongyang, que promete avançar com o seu programa nuclear.
Conselho de Segurança da ONU aprovou, no dia 11, novas sanções
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, declarou que a ONU esgotou todas as opções que tem à sua disposição para conter a Coreia do Norte e o seu programa nuclear.
As declarações surgiram depois de os norte-coreanos terem realizado a sua sexta experiência nuclear, seguida do lançamento de um míssil, no dia 14, que percorreu 3700 quilómetros, sobrevoando o Japão antes de despenhar-se no Pacífico.
Segundo a diplomata estado-unidense, uma acção militar não pode ser descartada. «Se a Coreia do Norte continuar com esta atitude temerária, se os EUA tiverem que defender-se ou defender os seus aliados de alguma forma, a Coreia do Norte será destruída», ameaçou Haley.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou, no dia 11, novas sanções contra a Coreia do Norte, que implicam a proibição de fornecimento de gás ao país asiático e restrições às importações de produtos petrolíferos refinados.
Pyongyang já respondeu, avisando que mais sanções e pressões apenas farão acelerar o seu programa nuclear. Os norte-coreanos classificam as novas medidas como «um acto de hostilidade perverso, sem ética e desumano». Um comunicado do governo norte-coreano, divulgado pela agência noticiosa KCNA, aponta como objectivo das sanções «exterminar fisicamente» o governo, o sistema e o povo da República Popular Democrática da Coreia.
Os EUA e aliados na região – a Coreia do Sul e o Japão – intensificaram entretanto os exercícios militares conjuntos na península coreana, incluindo bombardeamentos aéreos e treino de acções de guerra urbana.
Reafirmando as suas posições, a China instou os EUA e a comunidade internacional a evitar mais problemas em relação à Coreia do Norte.
Um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Liu Jieyi, pediu o fim da troca de ameaças entre Washington e Pyongyang. «A prioridade número um para todos» no momento actual consiste em cumprir as resoluções da ONU e não em «agravar a situação, criando novos problemas», considerou.