Manobras militares «Zapad 2017» não foram contra países ocidentais

O exercício militar conjunto «Zapad» (Ocidente, em russo), de natureza pacífica e defensiva, não teve como objectivo treinar acções contra países ocidentais nem visou a NATO como inimigo.

O esclarecimento foi feito em Minsk por um porta-voz do Ministério da Defesa da Bielorússia, Vladímir Makarov, citado pela agência Sputnik. «Não consideramos quaisquer países ocidentais, incluindo os membros da Aliança Atlântica, como adversários e estamos a fazer os possíveis para que não tenhamos inimigos no futuro», explicou.

As manobras, entre 14 e 20 deste mês, em território da Bielorússia e da Rússia, tiveram a participação de 12 700 militares – 7200 bielorussos e 5500 russos –, além de 70 meios aéreos, 250 carros de combate, 200 sistemas de artilharia, lança-foguetes múltiplos e morteiros, e de 10 navios.

De acordo com o guião, grupos extremistas que receberam apoio militar por via marítima e aérea do exterior infiltraram-se na Bielorússia e na região russa de Kaliningrado – enclave na costa do mar Báltico, entre a Polónia e a Lituânia –, para perpetrar atentados e desestabilizar a situação. As tropas russas-bielorussas isolaram as áreas de infiltração e repeliram a agressão.

Antes do começo do «Zapad 2017», os EUA reconheceram que a Rússia e a Bielorússia tomaram medidas para garantir a transparência do exercício. Além disso, foram convidados observadores internacionais para assistir a parte das manobras.

Alguns países da NATO e a Ucrânia tinham expressado «inquietude» pela realização do exercício.

Um jornalista e perito militar russo, Ígor Korótchenko, director do Centro de Análises do Comércio Mundial de Armas, afirmou que «o único objectivo de toda essa histeria à volta das manobras ‘Zapad’ é justificar a instalação de forças adicionais da NATO junto das fronteiras da Rússia».

 



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