Risco de escravatura aumenta nos países da UE

EXPLORAÇÃO A crise dos migrantes está a aumentar o risco de escravatura na generalidade dos países no Velho Continente, segundo conclui um estudo divulgado no dia 9.

A escravatura moderna é um negócio que envolve milhões de dólares

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A edição de 2017 do relatório « Modern Slavery» (Escravatura Moderna), realizado pela consultora britânica Verisk Maplecroft, que analisa riscos políticos, económicos, sociais e ambientais, indica que o risco de escravatura aumentou em 20 dos 28 países da União Europeia, no último ano.

O estudo, que classifica 198 países, conclui que a chegada de populações migrantes aos países da UE constitui o principal factor de agravamento do fenómeno da exploração ilegal de mão-de-obra.

Estas populações são descritas como «extremamente vulneráveis à exploração» nos diferentes sectores de actividade, nomeadamente na agricultura, construção civil e serviços.

Alexandra Channer, analista de Direitos Humanos da consultora, em declarações à CNN, assinalou que muitos migrantes que entram no espaço da UE sem documentação, «para fugirem da guerra e da pobreza extrema», «geralmente acabam por cair nas mãos de contrabandistas e ficam presos às ordens de gangues».

Como referiu, «a escravatura moderna é uma actividade criminosa, escondida, e um negócio que envolve milhares de milhões de dólares».

A Roménia, Grécia, Itália, Chipre e Bulgária são apontados como os países europeus onde o risco de escravatura é maior, por constituírem «portas de entrada» na Europa para os migrantes que chegam de África.

No entanto, também Portugal é referido entre os países onde o risco de escravatura moderna está a aumentar. E mesmo as grandes economias como a Alemanha ou o Reino Unido passaram de «risco baixo» para risco «médio».

Fora da União Europeia, a Turquia foi o país que registou o maior agravamento no índice, passando da 110.ª para a 58.ª posição, em grande parte devido ao afluxo de populações refugiadas da Síria.

 



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